A importância da fisioterapia no pré e pós-operatório das cirurgias plásticas
O Brasil perde apenas para os Estados Unidos quando se fala em realização de cirurgias plásticas. De acordo com informações divulgadas pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica, são mais de um milhão de procedimentos realizados trimestralmente no país.
A atuação do fisioterapeuta no pré e pós-operatório nas cirurgias plásticas surge como uma poderosa ferramenta tanto na preparação do paciente antes de ser submetido ao procedimento, como para reduzir os desconfortos pós-cirúrgicos e acelerar sua recuperação. Hoje, cirurgiões plásticos e fisioterapeutas trabalham lado a lado para o benefício do paciente.
O papel da fisioterapia no pré-operatório
Mesmo as cirurgias mais simples podem apresentar complicações. Sob este contexto, o fisioterapeuta desempenha um papel importante no pré-operatório preparando o organismo para receber o procedimento.
Por meio de técnicas manuais e estimulações com aparelhos específicos para esse tipo de fisioterapia, o organismo recebe estímulos para que absorva o impacto de uma cirurgia da melhor forma possível e otimize a recuperação do paciente para que ele retorne à sua rotina rapidamente.
Dessa forma, a fisioterapia é indicada no pré-operatório com a finalidade de:
- Preparar o organismo, promovendo uma desintoxicação geral, o que melhora a oxigenação e retorno venoso, descongestionando os vasos;
- Estimular a nutrição tecidual e, assim, reduzir a incidência de cicatrizes e aderências;
- Promover uma melhora expressiva no aspecto da pele, por meio da estimulação que revitaliza a vascularização e, consequentemente, o aporte de oxigênio local.
- Prevenir edemas e diminuir o surgimento de hematomas no pós-operatório;
- Manter a capacidade respiratória, principalmente nos procedimentos de abdominoplastia;
- Recuperar as áreas que apresentam hipoestesia, e
- Orientações gerais para um retorno breve à sua rotina.
A fisioterapia no pós-operatório
Além de reduzir o tempo de recuperação e amenizar os desconfortos decorrentes de procedimentos cirúrgicos, a fisioterapia no pós-operatório também age como um potencializador de resultados.
No pós-operatório, o fisioterapeuta dispõe da ajuda de equipamentos que utilizam correntes elétricas de baixa frequência que promovem a cicatrização dos tecidos, diminuem o surgimento de cicatrizes e/ou aderências, reduzem ou eliminam dores, edemas e hematomas.
A fisioterapia no pós-operatório também contribui para que o paciente possa recuperar sua capacidade respiratória, muitas vezes limitada pelas dores oriundas das cirurgias, o trabalho articular de todo o corpo, diminuindo os efeitos da imobilização.
Portanto, pode-se afirmar que o papel da fisioterapia no pós-operatório tem o objetivo de:
- Aliviar dores, edemas, hematomas e quaisquer desconfortos originados pelo procedimento cirúrgico;
- A regeneração dos tecidos;
- Melhorar o aporte de oxigênio local com o intuito de evitar a isquemia;
- Evitar aderências, retrações de cicatrizes e/ou cicatrizes hipertróficas;
- Prevenir contraturas musculares decorrentes dos desconfortos da cirurgia;
- Melhorar a sensibilidade local, e
- Promover o retorno rápido e seguro às atividades de vida diárias.
O fisioterapeuta ainda desempenha um papel fundamental na prevenção do surgimento de complicações mais sérias no pós-operatório, como a Trombose Venosa Profunda. A conduta da fisioterapia age de forma global, mantendo as amplitudes articulares e o fluxo sanguíneo normal durante o período em que o paciente fica imobilizado e, também, após a retirada dos curativos.
Além disso, a fisioterapia respiratória, especialmente nos pós-operatórios das abdominoplastias, promove a integridade da função pulmonar, reduzindo as alterações e limitações causadas pelos procedimentos.
Por fim, a fisioterapia no pré e pós-operatório das cirurgias plásticas garante que o paciente preserve suas funções vitais e desfrute de um breve período de recuperação da forma mais confortável possível, diminuindo as incapacitações e alterações decorrentes dos procedimentos cirúrgicos.